A UA NOS PRÓXIMOS 50 ANOS: A PROMOÇÃO DA ATRATIVIDADE

As pessoas são a base do sucesso da Universidade e a qualidade dos nossos investigadores, docentes, TAG, estudantes, alumni e bolseiros é decisiva para o nosso futuro. Para que a UA continue a ser, nas várias vertentes da sua atividade, uma instituição de relevo europeu e mundial devemos continuar a atrair, recrutar e apoiar indivíduos talentosos e proporcionar um ambiente inclusivo, distintivo e livre. A excelência dos nossos recursos humanos é o fator primordial para o nosso sucesso. E, acima de tudo, desejamos construir uma UA humanista e solidária, onde nos respeitamos e apoiamos mutuamente e possamos, com liberdade de pensamento e de expressão e muita ousadia, projetar o futuro da instituição para as próximas décadas.

A internacionalização tem impacto em todas as áreas de intervenção da UA e, no domínio da investigação, pode contribuir para um aumento de parcerias e de projetos de índole diversa, atraindo estudantes, docentes e investigadores de excelência, podendo, ainda, constituir uma das principais fontes de receitas, traduzindo-se, igualmente, numa das imagens de marca da UA.

Compromisso com a comunidade

Estudantes:

Queremos que a UA atraia os melhores estudantes, lhes dê as melhores condições de acolhimento, formação e, acima de tudo, as ferramentas para uma integração eficaz e dinâmica numa sociedade moderna e em transformação, onde as competências digitais serão uma ferramenta básica. Queremos que a UA proporcione a todos os estudantes uma excelente experiência académica, com oportunidades de mobilidade internacional, e os prepare de forma integral, permitindo-lhes destacar-se nas suas atividades, mantendo os laços de pertença com a instituição de formação.

Neste sentido, será relevante a monitorização e o acompanhamento, de forma efetiva, dos percursos dos alumni da UA, mas também será necessário repensar a forma como a instituição interage com os antigos alunos.

Investigadores:

Atrair e manter os melhores investigadores, proporcionando-lhes as melhores condições para realizarem o seu trabalho com inteira independência mas, igualmente, com condições contratuais dignas, que lhes garantam estabilidade a longo prazo (a maioria tem um vínculo precário, com graves consequências para o desempenho da sua atividade). A universidade tem de encontrar os mecanismos para construir e garantir o seu quadro de investigadores e não pode ficar refém de iniciativas governamentais esporádicas e muitas vezes enganadoras, que variam de acordo com os ciclos políticos.

Será relevante a inclusão dos investigadores na busca de soluções para os problemas existentes, ligados às condições contratuais, à falta de paridade entre a carreira de docente e de investigador, mas também na discussão sobre temas prementes, como as condições de trabalho, a independência e autonomia científicas, o desenvolvimento de um modelo de avaliação justo e adequado, além das questões ligadas aos mecanismos de facilitação de emprego para jovens investigadores. Consideramos, ainda, pertinente, a implementação do estatuto do investigador visitante como forma de fomentar a internacionalização e a mobilidade.

TAG:

Comprometemo-nos com a defesa de uma prática continuada de formação com impacto nas atividades profissionais destes colaboradores, com uma maior facilitação da mobilidade de funcionários, maior autonomia, proatividade e responsabilidade e com incentivos à valorização profissional e à flexibilidade laboral, tendo em vista uma melhoria do bem estar pessoal, profissional e familiar. A defesa de um ambiente de trabalho de qualidade, tanto em termos dos espaços físicos como dos recursos humanos, favorável ao desenvolvimento de atividades colaborativas com liberdade, é outro aspeto que valorizamos. Parece-nos igualmente relevante a criação de sistema de avaliação interno justo, transparente, rigoroso que passe pela revisão da implementação do SIADAP (que se tem revelado gerador de conflitos internos e pouco ágil para os diferentes intervenientes), além da necessidade de gerar possibilidades reais de progressão nas carreiras, decorrentes desses processos de avaliação.

Docentes:

Se os tempos recentes foram particularmente exigentes para toda a comunidade UA, as prementes necessidades de adaptação ao nível da modalidade de ensino dominante criaram desafios acrescidos junto dos docentes, que viram condicionadas muitas das suas atividades e passaram a ter de adotar diferentes/novas estratégias de ensino e de aprendizagem, necessitando de formação contínua e específica. A questão do envelhecimento do pessoal docente e a falta de oportunidades de promoção na carreira são outros problemas que necessitam de intervenção adequada. Nessa medida, comprometemo-nos com o cumprimento do RJIES no que respeita ao equilíbrio entre categorias profissionais ao nível global na UA, mas também com a promoção do equilíbrio em termos percentuais de docentes nas diferentes categorias e entre unidades orgânicas e a impulsionar um debate em torno da equivalência entre categorias profissionais no sistema politécnico e universitário.

Em síntese e de forma global, defendemos a renovação geracional e uma política de progressão nas carreiras que valorize e reconheça o mérito, promova a igualdade de oportunidades e o respeito pela diversidade, numa cultura de inclusão, motivação e valorização. E, sobretudo, consideramos relevante que se aprofunde o sentido de pertença entre todos aqueles que integram a comunidade UA, para que sintam que fizeram a melhor escolha ao fazer parte da Universidade de Aveiro e do seu projeto.

Por último, o nosso compromisso como membros eleitos do CG é garantir que a escolha dos restantes membros do CG e do Reitor/Reitora satisfaçam um conjunto de requisitos.