Compromissos

Os elementos desta Lista enquanto membros do Conselho Geral (CG), comprometem-se a: 

Propor iniciativas que promovam a sua proximidade e abertura, estimulando a reflexão, nomeadamente através da criação de grupos de trabalho (quer com membros internos, quer externos ao CG, de modo a agilizar a comunicação com a comunidade), organizados em torno de temas relevantes e desafiadores.

Estimular a realização de reuniões abertas/públicas de cariz temático, com convites a colegas docentes e investigadores internos e personalidades externas, que possam instigar debate e discussão em torno de ideias estratégicas para a instituição.

Iniciar uma discussão aberta em torno da revisão dos estatutos da UA, tendo em vista, entre outras questões que venham a ser consideradas relevantes, a otimização da organização da instituição, nomeadamente no que toca à melhoria da representatividade e participação nos seus vários órgãos.

A UA nos próximos 50 anos: um modelo organizacional para o futuro

Compromisso com a reorganização da UA:

Nesta medida, torna-se premente um debate efetivo e alargado com vista à reforma global do modelo organizacional da UA, incluindo o seu sistema de governo, em todos os níveis de ação, desde o central ao das unidades orgânicas, passando pelos órgãos intermédios. Com o objetivo não só de adequar a instituição aos desafios do futuro, à sua dimensão atual, mas também às ambições da comunidade, é nosso compromisso lançar as bases, através de um conjunto de estratégias sustentáveis, inclusivas, equitativas, solidárias e transparentes, para a construção de um modelo que não só aumente e consolide a participação de todos, como melhore o reconhecimento do Conselho Geral e a sua ligação à comunidade. Será, por isso, relevante debater e repensar, entre outros aspetos, a necessidade de criação de órgãos de cariz científico e pedagógico nas unidades orgânicas, o alargamento dos conselhos científico e pedagógico, e eventualmente outros, o sistema de escolha ou eleição dos diretores e do próprio reitor/reitora (embora tal implique alteração ao nível do RJIES), com vista não só ao reforço da ligação entre os vários órgãos de governo, eliminando lacunas existentes, mas também ao aparecimento de novas formas de liderança, inovadoras e participadas. A reflexão deve igualmente estender-se ao próprio CG, analisando a sua constituição e dimensão, o modelo de eleição dos conselheiros e a respetiva representatividade, além do seu funcionamento interno. Será necessário encontrar mecanismos de promoção da comunicação e de interação com a comunidade, seja através da criação de comissões mistas envolvendo representantes das diferentes unidades orgânicas, seja através da dinamização de momentos alargados de discussão de grandes temas estratégicos. Por outro lado, importa igualmente refletir sobre os benefícios que a UA poderá retirar do regime fundacional, nomeadamente ao nível da gestão patrimonial e financeira e da aquisição de bens e serviços, benefícios esses que permanecem, em grande medida, por explorar.

A UA nos próximos 50 anos: os desafios em contexto de transformação

Compromisso com o modelo de ensino/aprendizagem:

Defendemos a implementação de estratégias de ensino e aprendizagem que ofereçam uma experiência educativa semelhante às das melhores instituições internacionais, com um modelo de ensino centrado no estudante e inspirada pelas recentes investigações, acolhedora e respeitadora, de cariz multidisciplinar, realizada com recurso às modernas ferramentas tecnológicas, tendo como ponto de partida os grandes desafios da sociedade. Será igualmente necessário que sejam desenvolvidas formas efetivas de monitorizar e melhorar a qualidade do sistema de ensino. No contexto atual, onde o ensino online começa a ter um considerável relevo, será vantajoso valorizar a comunicação em língua portuguesa e oferecer formação de qualidade a diferentes países, aumentando a atratividade da UA e alargando a sua área de influência. Ao mesmo tempo, deve ser reforçada a oferta formativa em línguas estrangeiras aos estudantes da UA, preparando-os para os desafios de um mundo globalizado.

Compromisso com a sustentabilidade:

Defendemos a criação de um plano onde esteja plasmada uma visão ambiciosa em termos de promoção efetiva da sustentabilidade, fixando metas claras para a sua concretização, como, por exemplo, programando a eliminação das emissões de carbono até 2030. Defendemos a necessidade urgente de envolver os membros da comunidade em atividades ligadas à sustentabilidade, incorporando abordagens sustentáveis e responsáveis em todas as nossas práticas, permitindo que cada um de nós contribua ativamente para um futuro saudável para nossa universidade e para o planeta. A UA deve ser um agente responsável que, em colaboração com as forças vivas da cidade e região, promova uma melhor qualidade de vida, construindo uma UA reconhecida pelo impacto positivo que tem na sociedade ao nível social, cultural, económico e ambiental.

Compromisso com a transformação digital:

Aveiro e a região envolvente têm um assinalável potencial de inovação tecnológica nas componentes TIC, o que constitui um ambiente excelente para a investigação aplicada à sociedade, nas suas várias vertentes. A força e a diversidade empresarial da região é também conhecida e pode ser mais bem explorada. Neste contexto, a UA tem a oportunidade e a responsabilidade de intervir neste ambiente, contribuindo para o desenvolvimento desta região, tornando-a num verdadeiro centro de inovação nacional em tecnologias da informação, desde as comunicações até às aplicações e serviços, passando pelas tecnologias inovadoras estruturantes, como a cibersegurança, a inteligência artificial, e os sistemas de comunicação por satélite. Iniciativas como os Digital Innovation Hubs ou as Zonas Livres Tecnológicas ou Centros de Competências são oportunidades de grande impacto societal que a Universidade tem de explorar, afirmando-se como elemento transformador da sociedade.

Compromisso com as infraestruturas:

Consideramos relevante a manutenção, renovação e atualização das infraestruturas existentes, com relevo para a componente laboratorial e outros espaços de investigação, além dos ambientes de ensino/aprendizagem, de modo a dar as melhores condições de trabalho a docentes e investigadores. Relativamente aos equipamentos desportivos, e em resultado de uma visão diferente do papel das Atividades Físicas e Desportivas na UA, numa lógica de promoção da saúde, qualidade de vida e bem-estar, mais abrangente do que a prática desportiva, com ou sem cariz competitivo, defendemos a elaboração de um plano estratégico, que amplie os contextos, formas e processos de envolvimento da comunidade nessas atividades, entendendo-as como fator identitário da UA, mobilizando para a sua prática elementos de toda a comunidade, independentemente do género, idade ou nível de aptidão física. Neste sentido, será relevante, entre outros aspetos, tirar partido dos espaços verdes nos campi, além de assumir parcerias estratégicas com outros organismos e entidades.

A UA nos próximos 50 anos: a promoção da atratividade

Compromisso com a comunidade 

Estudantes:

Queremos que a UA atraia os melhores estudantes, lhes dê as melhores condições de acolhimento, formação e, acima de tudo, as ferramentas para uma integração eficaz e dinâmica numa sociedade moderna e em transformação, onde as competências digitais serão uma ferramenta básica. Queremos que a UA proporcione a todos os estudantes uma excelente experiência académica, com oportunidades de mobilidade internacional, e os prepare de forma integral, permitindo-lhes destacar-se nas suas atividades, mantendo os laços de pertença com a instituição de formação. 

Neste sentido, será relevante a monitorização e o acompanhamento, de forma efetiva, dos percursos dos alumni da UA, mas também será necessário repensar a forma como a instituição interage com os antigos alunos.

Investigadores:

Atrair e manter os melhores investigadores, proporcionando-lhes as melhores condições para realizarem o seu trabalho com inteira independência mas, igualmente, com condições contratuais dignas, que lhes garantam estabilidade a longo prazo (a maioria tem um vínculo precário, com graves consequências para o desempenho da sua atividade). A universidade tem de encontrar os mecanismos para construir e garantir o seu quadro de investigadores e não pode ficar refém de iniciativas governamentais esporádicas e muitas vezes enganadoras, que variam de acordo com os ciclos políticos. 

Será relevante a inclusão dos investigadores na busca de soluções para os problemas existentes, ligados às condições contratuais, à falta de paridade entre a carreira de docente e de investigador, mas também na discussão sobre temas prementes, como as condições de trabalho, a independência e autonomia científicas, o desenvolvimento de um modelo de avaliação justo e adequado, além das questões ligadas aos mecanismos de facilitação de emprego para jovens investigadores. Consideramos, ainda, pertinente, a implementação do estatuto do investigador visitante como forma de fomentar a internacionalização e a mobilidade.

TAG:

Comprometemo-nos com a defesa de uma prática continuada de formação com impacto nas atividades profissionais destes colaboradores, com uma maior facilitação da mobilidade de funcionários, maior autonomia, proatividade e responsabilidade e com incentivos à valorização profissional e à flexibilidade laboral, tendo em vista uma melhoria do bem estar pessoal, profissional e familiar. A defesa de um ambiente de trabalho de qualidade, tanto em termos dos espaços físicos como dos recursos humanos, favorável ao desenvolvimento de atividades colaborativas com liberdade, é outro aspecto que valorizamos. Parece-nos igualmente relevante a criação de sistema de avaliação interno justo, transparente, rigoroso que passe pela revisão da implementação do SIADAP (que se tem revelado gerador de conflitos internos e pouco ágil para os diferentes intervenientes), além da necessidade de gerar possibilidades reais de progressão nas carreiras, decorrentes desses processos de avaliação.

Docentes:

Se os tempos recentes foram particularmente exigentes para toda a comunidade UA, as prementes necessidades de adaptação ao nível da modalidade de ensino dominante criaram desafios acrescidos junto dos docentes, que viram condicionadas muitas das suas atividades e passaram a ter de adotar diferentes/novas estratégias de ensino e de aprendizagem, necessitando de formação contínua e específica. A questão do envelhecimento do pessoal docente e a falta de oportunidades de promoção na carreira são outros problemas que necessitam de intervenção adequada. Nessa medida, comprometemo-nos com o cumprimento do RJIES no que respeita ao equilíbrio entre categorias profissionais ao nível global na UA, mas também como a promoção do equilíbrio em termos percentuais de docentes nas diferentes categorias e entre unidades orgânicas e a impulsionar um debate em torno da equivalência entre categorias profissionais no sistema politécnico e universitário.